DUAS ÁRVORES

Duas árvores tão belas
Competem sem precisão...
As duas crescem ligeiro,
Buscando o céu, a amplidão.
Vieram do mesmo fruto,
Eram duas as sementes,
Caíram no mesmo solo,
Mas nasceram diferentes...
A uma chamo de Amor,
Não sei precisar a idade,
Sei que é repleta de flor,
À outra chamo Saudade.

Amor cresce, simplesmente,
Cada dia mais frondosa.
Saudade cresce também,
Saudável, tão vigorosa...
Embelezam a planície
De nome Meu Coração,
Dois perfumes se misturam,
No Ponto da Solidão.
O ponto entre as duas árvores,
Difícil a interpretação:
Qual é a maior e mais bela?
Ninguém desvenda a ilusão...


Vinicius Guarnieri

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